Quando comecei Heartstaker, confesso que estava em dívida com Vic Mendes: conhecia todas as suas obras, mas ainda não tinha lido nenhuma. O que posso dizer desde já é que Heartstaker fez com que eu me apaixonasse instantaneamente pela escrita empolgante, cômica e ainda assim doce de Mendes, e podem ter certeza que seus outros livros – principalmente a duologia Florence e Robin – serão algumas das minhas próximas leituras.
Em Heartstaker, Kimberly é uma marrenta mercenária que perdeu os pais para um ataque brutal de uma criatura não humana, e desde essa tragédia vive em função de interceptar as tais feras que atacaram seus progenitores e entregá-las para sequestradores em troca de dinheiro para sair da cidade.
Em uma dessas missões, Kim recebe a tarefa de sequestrar uma vampira de sua idade – o que ela não esperava é que a garota em questão era sua antiga crush de ensino médio e atual arqui inimiga, a charmosa Eleanor Belmonte.
O conto de Victoria Mendes tem tudo o que se espera para um romance eletrizante e emocionante para se ler sob as cobertas de uma fria noite de sexta-feira (que é o caso do momento em que foi lançado). Disponibilizado no Kindle Unlimited na madrugada de sexta, 16 de setembro, Heartstaker é o conto sáfico que eu afirmo com tranquilidade ser o meu preferido até agora. Embora eu tenha sentido falta de um pouco mais de aprofundamento das personagens, é compreensível este pequeno detalhe considerando o tamanho da história, e não acredito que isso represente um problema para um ótimo aproveitamento da jornada de Ellie e Kim.
Além disso, a história conta com uma trope inusitada – não se trata somente de um enemies to lovers, mas de um friends to crushes to enemies to lovers (kkkk se é que posso chamar assim). É uma dinâmica interessante que traz um movimento muito envolvente para a trama, sendo o meu ponto preferido a resistência da te
imosa Kimberly em admitir que estava se (re)apaixonando por Ellie.
“Por mais que Eleanor fosse uma assassina impiedosa, ela ainda era a mulher mais linda que a caçadora havia colocado os olhos; mas, se alguém perguntasse, negaria até sob tortura”
Mendes cria uma história deliciosamente apaixonante em poucas palavras, misturando romance com uma pequena aventura (e arrisco dizer que temos pitadas de mistério combinadas à narrativa), cativando desde o início com seu humor inserido de maneira perfeitamente natural, com detalhes simples que encantam e tiram boas risadas. Sobre o epílogo, posso dizer que é doce, apesar da montanha russa de sentimentos a que ele me submeteu nas últimas páginas. É, definitivamente, signo de ser uma referência para os contos nacionais na comunidade LGBTQIAP+, atingindo tudo o que foi prometido para os leitores fiéis em uma história cheia de representatividade, carisma e personagens pelas quais, se você for como eu, com certeza vão fazer você se apaixonar.
Ai! Eu vivi para ler contos sáficos com fantasia no meio.
Enfim me lembrou um pouco de Primeira Morte.
Já vou pesquisar para ler depois!
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