A censura e a fetichização de mulheres lésbicas e bissexuais são temas que permeiam diversos aspectos da sociedade contemporânea, incluindo a forma como o casal Clara (Regiane Alves) e Helena (Priscila Sztejnman), da novela “Vai na Fé”, vem sendo retratado. A história dessas personagens tem se tornado um exemplo negativo de representatividade, por continuamente ser censurado e em alguns casos sendo fetichizado. O mais revoltante é que diretoria da Globo, não imagina ou até mesmo não liga, para como essas representatividades são danosas para a comunidade LGBTQIAP+.
No dia 10 de maio, o casal sofreu com a primeira censura. O beijo, que havia sido confirmado e noticiado pela Globo, foi cortado, ocasionando na indignação dos fãs do casal que apontaram nas redes sociais inúmeras problemáticas referente ao tratamento e ao enredo do casal. A opinião do público, foi abraçada por jornalistas e influenciadores, gerando diversas críticas nos portais de notícias, porém ao que parece nada adiantou, já que o casal continua sendo proibido de trocar beijos.
A censura é constantemente criticada pelos fãs do casal, mas as coisas pioraram quando foi anunciado pelo GShow que no capítulo que irá ao ar hoje (01/06). Segundo o Gshow: “Clara (Regiane Alves) conta para Theo (Emilio Dantas) sobre o seu envolvimento com Helena (Priscila Sztejnman), e a reação dele é a mais machista possível.” Na cena detalhada pela notícia, Theo irá persuadir Clara a transar com ele, após descobrir que sua esposa está se relacionando com Helena. Além de proferir frases carregadas de fetichização, o vilão irá confrontar Helena, enquanto Clara chora sozinha no quarto.
A cena descrita acima exemplifica a forma como a fetichização é perpetuada na mídia, principalmente quando se trata de relacionamentos entre mulheres lésbicas ou bissexuais. Ao retratar a situação, a novela “Vai na Fé” não apenas reduz a complexidade das personagens lésbicas, mas também as objetifica e as coloca como objetos de desejo e fantasias masculinas.
Em meio a todas as críticas apontadas em decorrência ao tratamento do casal Clarena, a Globo anunciou nas suas redes sociais o especial LGBTQIAP+ “Falas do Orgulho”. A contradição de lançar um especial LGBTQIAP+ e, ao mesmo tempo, retratar um dos casais homoafetivos de forma errônea é, de fato, uma questão problemática, e nos faz questionar a mensagem que a emissora quer transmitir.
Essa contradição nos leva a refletir sobre o quanto é necessário ir além da simples promoção de eventos especiais ou campanhas pontuais. É crucial que as emissoras e produtoras estejam comprometidas em incorporar uma representação autêntica e respeitosa da diversidade em todas as suas produções. Isso implica em um cuidado constante na construção de personagens e histórias, evitando estereótipos e narrativas preconceituosas.
Diante dessa contradição, é válido e necessário que o público continue a manifestar suas críticas e cobranças, destacando a importância de uma representação justa e respeitosa em todas as produções. Essa pressão social é fundamental para impulsionar mudanças reais na forma como a mídia retrata a diversidade e garantir que os valores de inclusão e respeito sejam verdadeiramente incorporados.
Estou realmente decepcionada com a Globo pois não estamos no antigo governo que proibia tudo, se não quer mostrar beijo nem anuncia é muita hipocrisia da parte da alta cúpula da Globo deixarem colocar a história e cortarem o beijo. É triste isso está acontecendo em pleno séc 21 parece que voltamos pro tempo das cavernas! Vou deixar de assistir.
A história está completamente sem nexo nenhum , elas estão juntas ,não estão ,não teve declaração de verdade, não teve beijo ,não teve pedido mas do NADA elas apareceram juntas em um relacionamento… ai sério a narrativa assim sem pé nem cabeça
Era muito nem ter tido
Um beijo lesbocine vcs são incríveis 🧡💖🤍
Realmente a história delas tinha tudo pra ser maravilhosa mais infelizmente vai ficar lembrado só com censura por conta da hipocrisia e da incoerência da dona Globo que parece que voltou pro tempo das cavernas espero que dê verdade eles não coloquem casais lgbt em novela se não tem cunhaõ pra ir até o fim