Euphoria – S02E02 “Out of touch”

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Euphoria S02E02 – Out of touch

O final de “Out of touch” é até instigante, mas não acredito que será o suficiente para desenvolver um roteiro à altura do que a série merece.

Gatilhos: sangue, violência, nudez, abuso excessivo de drogas

Por: Anna Mol

Out of touch” começa de onde o primeiro episódio terminou: com Nate e seu rosto todo desfigurado. Após ser levado ao hospital, vemos flashes de sua fantasia em manter uma relação com Cassie, mas ao mesmo tempo ainda permanece sua conexão com Maddy. O pai de Nate, Cal,  ganha destaque ao procurar pelo agressor do filho e se questionar os motivos pelos quais tudo aconteceu. Rue não consegue largar seu vício em drogas e se aproxima ainda mais de Eliott, que conheceu no ano novo. 

O segundo episódio de Euphoria, assim como o primeiro, não convenceu. A trama é fraca e são poucos os momentos realmente interessantes. Somando esse ao episódio anterior, me faz pensar que os criadores almejam uma narrativa quase “conceitual” que mistura inspirações em David Lynch e frases do Tumblr. A maior parte do episódio, para mim, poderia ser facilmente descartada. 

Os roteiristas possuem alguns temas interessantes de serem trabalhados como os conflitos morais de Cassie ao trair sua melhor amiga ficando com Nate, as inseguranças em um relacionamento aparentemente perfeito de Kat e Ethan e a revolta que Nate carrega de seu pai, mas tudo é tratado de forma rasa e desinteressante. Parece que estamos apenas vendo um longo vídeo clipe e não um episódio de uma série tão aclamada.  A história de Rue, por exemplo, se desenrola em passos lentos. O que temos é apenas sua dependência com as drogas, e sua relação com Jules, está sendo pouco abordada nesta temporada. Jules, que, até então, ganhou quase nenhum momento relevante, visto sua importância para a série. 

Quando o episódio se volta para Kat, temos momentos de delírio da personagem que se vê em um relacionamento perfeito para todos, menos para ela. Essas cenas são as piores do episódio, por destoarem bastante de toda a proposta. Há também tentativas de humor, que são extremamente falhas. Por mais que esse tipo de narrativa não tenha funcionado, eu sinto que a série ainda vai explorar essa estratégia. 

A personagem Lexi parece ganhar, aos poucos, mais destaque. Sua história e conflitos internos são interessantes e sua relação com Fezco ainda pode render momentos significativos, mas se só forem bem explorados, claro. Até então, o maior destaque da temporada vai sim para Fezco. Sua narrativa é a mais interessante e envolvente.  

Os próximos episódios não me parecem promissores, é quase como se os criadores estivessem sem ideias, mas precisamos aguardar, dado que, esse é apenas o segundo. O final de “Out of touch” é até instigante, mas não acredito que será o suficiente para desenvolver um roteiro à altura do que a série merece. 

 

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