Em uma conversa exclusiva, mergulhamos no mundo da música, da tradição à inovação, com a talentosa cantora Carol Biazin. Ela recentemente teve a honra de se apresentar no prestigioso Carnegie Hall, em Nova York, como a única voz feminina da nova geração a participar de um emocionante show de homenagem à Bossa Nova, ao lado de renomados artistas. Nesta entrevista, Carol Biazin compartilha sua jornada musical, sua colaboração de sucesso e sua visão sobre a conexão entre música, emoção e identidade.
Parabéns pela oportunidade de se apresentar no Carnegie Hall em Nova York. Como você se sente, tendo sido a única voz feminina da nova geração escalada para este show especial de homenagem à Bossa Nova ao lado de artistas renomados?
Foi um momento muito especial. Poder cantar Bossa Nova em NY, no palco do Carnegie Hall, ao lado de artistas que acompanho e admiro desde sempre, foi a realização de muitos sonhos. Estar nos bastidores, ouvindo as histórias do Roberto Menescal, Alaíde, Seu Jorge, Carlinhos… pessoas que construíram caminhos para que eu e outros artistas pudéssemos estar aqui hoje. Eu ainda estou absorvendo tudo e só consigo agradecer por poder viver esse momento tão especial de resgate de memória e celebração da nossa cultura.
Pode nos contar um pouco sobre como surgiu essa oportunidade de participar do concerto no Carnegie Hall e como você se preparou para esse evento único?
Foi um convite muito especial que demorou para cair a ficha. Fiquei paralisada. Fui estudando a música e ensaiei com o Menescal. Nos conectamos de cara e foi demais. Ele é muito incrível!
Além de ter sido a única voz feminina da nova geração do show, você também foi o elo de ligação entre o passado e o futuro da música brasileira. Como você equilibra tradição e inovação em sua música?
Primeiro, é uma honra imensa ser vista como alguém que representa a nova geração e essa ligação da música brasileira. Eu acho que, para qualquer artista brasileiro, é quase impossível fazer música sem ter alguma referência de quem veio antes, principalmente na MPB. É muito importante estudar e se atentar aos grandes mestres e gêneros tradicionais, como o samba, a bossa nova, o forró, etc. Isso enriquece qualquer artista e ajuda a criar a sua própria identidade e autenticidade. O meu objetivo é sempre beber dessa fonte, mas experimentando novas coisas e essa mistura de gêneros que vivemos com força atualmente. Experimento com novos sons, estilos e influências, incorporando elementos contemporâneos… Mas a raiz permanece sempre ali.
“Ligações de Alma”, sua colaboração com Baco Exu Do Blues, tem sido um grande sucesso, alcançando o TOP 200 e sendo uma das 10 músicas mais escutadas do cantor. Como foi trabalhar com Baco Exu Do Blues e como essa parceria se materializou?
Trabalhar com Baco Exu Do Blues nessa música foi uma experiência incrível e um desejo que se realizou para mim. Baco é um artista extremamente talentoso e muito autêntico em tudo que faz na cena musical, e eu sempre admirei seu trabalho. O crescimento da música, o TOP 200 e a tendência que viralizou foi um movimento muito orgânico. Acho que as pessoas se identificaram, né? De fato, se sentiram genuinamente conectadas à mensagem e ao som e não tem nada melhor do que isso.
Além da turnê atual do álbum “Reversa”, você tem planos para lançar novas músicas nos próximos meses?
Lancei agora “Ligações de Alma” e estou muito feliz e curtindo a repercussão. Tenho trabalhado em coisas especiais. A era REVERSA ainda não acabou.
Você tem algum projeto futuro emocionante ou algo em que esteja trabalhando atualmente que gostaria de compartilhar com seus fãs?
Passar pelo país todo com o REVERSA TOUR tem sido muito emocionante e muito tocante para mim. Me conectar com as pessoas no palco é uma coisa que eu amo. Então vocês podem contar com a minha dedicação total nos shows pelo Brasil todo pelo resto do ano. E algumas surpresas para a etapa final desse ciclo.
Sua música muitas vezes aborda temas pessoais e emocionais. Como você encontra inspiração para suas letras e composições?
Eu encontro inspiração de várias maneiras. Na minha jornada pessoal, identidade, experiências, imaginação, na escuta do outro… Escrevo muito sobre minhas experiências pessoais e acho que isso permite que minha música se conecte com outras pessoas da comunidade LGBTQIAPN+, por exemplo. As relações, sejam românticas, familiares ou de amizade, são uma fonte muito rica e inesgotável. As dinâmicas, desafios e alegrias de amar e ser amado têm uma carga emocional que, quando traduzida numa composição, gera um efeito de identificação e conforto. Acho que ajuda a processar vivências, os sentimentos… Então, é uma mistura de tudo e das minhas experiências com o mundo.
Por fim, o que você espera transmitir aos seus fãs através de sua música e performances, tanto em nível nacional quanto internacional?
Espero sempre que minha música crie uma comunidade de apoio e compreensão, onde os públicos possam se conectar, compartilhar experiências e sentimentos. Minha música e performances são a minha forma de comunicação e expressão, e minha esperança é inspirar, unir e tocar os corações das pessoas. Quero que minhas composições sempre transpareçam o amor que eu tenho pela música.