O festival tem como motivação propagar, por intermédio de filmes, oficinas e debates, o respeito à multitude sexual e de gênero no Brasil
Por Vitória Vasconcelos
O For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero, que atraiu centenas de pessoas em suas salas de cinema e oficinas durante sete dias, encerrou com chave de ouro neste sábado, 28. Em sua 18ª, o festival buscou, por meio de filmes e debates sobre eles, trazer uma visão mais ampla e importante dentro da comunidade LGBTQIAP+ e dar voz às questões que envolvem a comunidade.
Já na abertura do For Rainbow, foi mostrada a importância da pluralidade dentro da própria comunidade. Ações como uma manifestação artística em prol das pessoas não-binárias conquistou e conscientizou os presentes sobre a importância da causa, além de uma homenagem feita ao humorista cearense Paulo Diógenes, que performava como Raimundinha, e faleceu em fevereiro deste ano.
Durante os seis dias seguintes, oficinas das mais variadas temáticas, shows, debates e diferentes longas e curtas-metragem foram passados ao público e, ao final do festival, foram eleitos os ganhadores nas categorias “Melhor Longa brasileiro” e “Melhor Curta brasileiro” ganhando o troféu Elke Maravilha, além de R$7 mil e R$3 mil, respectivamente.
Com 18 anos de produção, o Festival For Rainbow mostra como há uma importância de se levantar a pauta e a bandeira da comunidade LGBTQIAP+ em todos os campos da sociedade, como uma forma de buscar cada vez mais respeito à pluralidade sexual e de gênero no Brasil.
Filmes premiados
Longa-metragem:
Júri formado por: Ana Mogli Saura, Andreia Pires, Diego Hoefel e Fabíola Aquino
Melhor Filme: Tudo o que você podia ser, de Ricardo Alves Jr.
Melhor Direção: Ricardo Alves Jr. por Tudo o que você podia ser
Melhor Roteiro: Paul B. Preciado por Orlando, minha biografia política
Melhor Atuação: Aisha Brunno por Tudo o que você podia ser
Melhor Fotografia: Victor Zebo por Orlando, minha biografia política
Melhor Direção de Arte: Anna Le Mouël por Orlando, minha biografia política
Melhor Som: Geraldine Otter por Eu não sou ninguém
Melhor Trilha Sonora: Michel Queiroz por Capim Navalha
Melhor Edição: Lorena Ortiz por Tudo o que você podia ser
Menção Honrosa: Capim Navalha, de Michel Queiroz
Prêmio da Crítica: Capim Navalha, de Michel Queiroz
Curta-metragem:
Júri formado por Ella Monstra, Jéssica Teixeira e Nívia Uchôa
Melhor Filme: Ferro’s Bar, de Cine Sapatão – Aline A. Assis, Fernanda Elias, Nayla Guerra, Rita Quadros
Melhor Direção: Leo Tabosa, por Dinho
Melhor Roteiro: Hyein, Moon por Trânsito (Transit)Melhor Ator: Gustavo Batista, por Peixe Vivo
Melhor Atriz: Margot Leitão, por Raposa
Melhor Fotografia: Ana Gabriela Gutiérrez, por Lolo
Melhor Direção de Arte: Colle Christine Avelar, Tiana dos Santos e Alma Flora por Pedagogias da Navalha: Se a palavra é um feitiço, minha língua é uma encruzilhada
Melhor Som: Renato Sircilli, por Os animais mais fofos e engraçados do mundo
Melhor Trilha Sonora: Malu Rizzo, por De noite, na cama
Melhor Edição: Nicole Gullane, por Bem-vinda de volta
Prêmio da Crítica: Xavier e Miguel, de Ricky Mastro
Mostra Cearense:
Júri formado por: Fabíola Aquino, Isaac Martins e Verónica Valenttino
Melhor Filme: Kila & Mauna, de Ella Monstra
Foto em destaque: Divulgação/For Rainbow