Primeira impressões da segunda temporada de “A Vida Sexual das Universitárias”

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Ainda são só os primeiros episódios. Tudo que é bom está só começando – a união das colegas de quarto, a Leighton sendo ela mesma, as novas dinâmicas, clubes e aulas da faculdade. Ao mesmo tempo, tudo que está faltando ainda não teve tempo de se desenvolver, o que me deixa mais ansiosa para o que vem por aí. Com certeza, será um semestre e tanto em Essex.

Por: Nicole Camperoni (@nicamperoni)

S02E01: Winter Is Coming & S02E02: Frat Problems

A Vida Sexual das Universitárias (que é exatamente o que propõe a ser no título, rs) é uma daquelas séries que dá a sensação de que estamos assistindo às nossas melhores amigas na tela. Durante o hiato entre a primeira e a segunda temporada, os finais abertos das histórias de cada personagem surtiram medo, ansiedade, e muita expectativa para os episódios que finalmente foram ao ar no dia 17 de novembro.

De volta ao campus da prestigiosa Essex, encontramos as quatro protagonistas vivendo momentos diferentes da vida universitária: Bela, se esforçando para começar seu clube de comédia inteiramente feminino; Whitney, em crise pelo fim da temporada de futebol; e Kimberly, buscando formas de pagar pela faculdade com a ajuda de Leighton – que se assumiu recentemente para as colegas de quarto.

De cara, os primeiros episódios já têm um clima bem diferente – e não, não estou falando do inverno em Vermont, onde a série se passa. É uma sensação de familiaridade que vem de conhecer melhor as personagens, de se sentir mais próxima de cada uma. De saber o quanto elas mudaram e cresceram juntas para chegar na segunda temporada. E, se o principal conflito da primeira temporada foi o desenvolvimento da amizade entre as quatro protagonistas, essa sensação de familiaridade me deixou ainda mais ansiosa para saber qual seria o conflito da segunda temporada.

E o conflito chega logo com os dois pés no peito (afinal, é claro que as ações de Kimberly teriam consequências para além da perda da sua bolsa em Essex): descobrimos que Bela, Whitney, Kimberly e Leighton pegaram fama de dedo-duro, e estão banidas de todas as festas e eventos da faculdade. Isso fere, principalmente, a trajetória da Leighton, a patricinha lésbica que conquistou o coração de todos os fãs de The Sex Lives of College Girls.

Eu estava ansiosa para saber como a vida amorosa da Leighton seria abordada nessa nova temporada, já que ficou claro pelo trailer que as suas três colegas de quarto iam descobrir a sua sexualidade. E, de fato, temos uma cena linda de saída de armário logo no primeiro episódio, digna de uma série que se propõe, desde o início, a ser jovem, moderna, e a refletir a realidade de mulheres da geração Z. Ao contrário da cena no final da temporada anterior, agora Leighton está bem mais confiante, e acredito que isso irá se refletir nos episódios que virão nas próximas semanas.

Mas o que isso tem a ver com o “banimento” das festas? Bom, Leighton viveu um romance na temporada 1 e, agora com a oportunidade de ser livre, leve e solta como suas colegas de quarto, é no mínimo frustrante não poder participar de nenhum evento para conhecer mais mulheres. Por isso, no segundo episódio da temporada 2, ela é uma das principais agentes na hora de tentar mudar a opinião dos líderes das fraternidades. 

Ainda sobre o enredo sáfico de The Sex Lives, um ponto me deixou com a pulga atrás da orelha: em nenhum momento Leighton menciona Alicia, sua ex, e a atriz Midori Francis não aparece nos episódios. Fica óbvio que a Leighton está num momento diferente, vivendo sua solteirice e sua vida “fora do armário”, mas tenho a sensação de que o capítulo com a Alicia não foi fechado de maneira apropriada, principalmente se a personagem não retornar. Mas ainda são só os primeiros episódios.

Acredito que essa é minha principal sensação: ainda são só os primeiros episódios. Tudo que é bom está só começando – a união das colegas de quarto, a Leighton sendo ela mesma, as novas dinâmicas, clubes e aulas da faculdade. Ao mesmo tempo, tudo que está faltando ainda não teve tempo de se desenvolver, o que me deixa mais ansiosa para o que vem por aí. Com certeza, será um semestre e tanto em Essex.

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