São Paulo pode declarar Parada LGBTQIAPN+ como Patrimônio Cultural Imaterial

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O pedido para a criação de um Projeto de Lei foi protocolado pela vereadora Amanda Paschoal (PSOL/SP) juntamente à Câmara Municipal

Por Lesbocine

A vereadora Amanda Paschoal (PSOL/SP) deu entrada na Câmara Municipal de São Paulo um Projeto de Lei para declarar a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo, organizada pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo), um Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. O pedido foi protocolado na sexta-feira, 28.

A iniciativa busca reconhecer a importância histórica, social e cultural da manifestação, que se consolidou como símbolo da luta por direitos civis, visibilidade e cidadania plena para a comunidade LGBTQIAPN+.

Realizada desde 1997, a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo é uma das maiores do mundo, atraindo milhões de pessoas à Avenida Paulista todos os anos. Inclusive, em 2022, a manifestação reuniu  milhões de pessoas durante a semana do evento, de forma presencial e virtual, demonstrando sua relevância internacional para a comunidade.

Além de ser uma plataforma de reivindicação por políticas públicas inclusivas, a ParadaSP também movimenta a economia local, tendo gerado meio bilhão de reais em 2024, segundo dados da SPTuris.

“A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo vai além de uma celebração. É um grito de resistência contra o preconceito é uma afirmação clara de que não aceitaremos retrocessos em direitos conquistados. Reconhecer seu valor cultural é garantir sua preservação e dar mais força a essa luta”, afirmou a vereadora Amanda Paschoal.

O projeto também destaca o impacto turístico e econômico da manifestação, que supera 600 milhões de reais anuais e contribui para os setores hoteleiro, de transporte, de bares e restaurantes, atraindo visitantes nacionais e internacionais, além de impulsionar debates sobre diversidade e inclusão.

A Parada LGBTQIAPN+ de São Paulo, além de ser um movimento de luta e de acolhimento para pessoas da comunidade, também movimenta o comércio e gera empregos durante seu período anual / Foto: Acervo ParadaSP

Se aprovado, o reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial reforçará o compromisso da cidade com a promoção dos direitos humanos e a valorização da diversidade.

“Num momento de retrocessos globais às pautas e demandas da comunidade LGBTQIAPN+ e de outras minorias, que também tem reflexos no nosso país e na nossa cidade, essa é muito mais do que uma medida simbólica”, completa.

APOLGBT-SP

A APOLGBT-SP, organização responsável pela Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de São Paulo, convida o público a se tornar pessoas associadas para fortalecer sua rede e participar das decisões que influenciam o maior evento LGBTQIAPN+ do mundo. Desde sua criação em 1999, a associação tem garantido infraestrutura, segurança e visibilidade à Parada, além de definir temas anuais que direcionam o debate sobre direitos e inclusão.

Além da Parada, a APOLGBT-SP promove eventos paralelos, como debates, workshops e ações sociais, incluindo a “Parada Solidária”, que apoia LGBTQIAPN+ em situação de vulnerabilidade. Durante a pandemia, a associação se reinventou com eventos online, mantendo sua mobilização ativa.

Para o futuro, a APOLGBT-SP busca expandir parcerias internacionais e capacitar voluntários em direitos humanos e organização comunitária. Quem desejar contribuir para essa missão pode se associar à entidade e participar ativamente da luta pelos direitos LGBTQIAPN+.

ParadaSP

A ParadaSP, organizada pela APOLGBT-SP (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) é uma ONG, sem fins lucrativos, fundada em 1999. Detém a marca Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que acontece desde 1997 na Avenida Paulista. Parte desses participantes fundou a ParadaSP, que, desde então, cresceu com a ajuda de voluntários. A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo tornou-se a maior do mundo, amplificando as vozes da comunidade LGBT+ e possibilitando que a ParadaSP realizasse outros eventos militantes.

Foto em destaque: Acervo ParadaSP

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