O apoio mútuo e a estabilidade proporcionam uma base sólida para qualquer relação, e isso não poderia ser mais verdadeiro para Emilly Karoline e Mannda Lym. O romance entre a tatuadora e a cantora nos lembra o trecho marcante da música do Sorriso Maroto: “Se é pra viver um grande amor, sei que é preciso cultivar”. Elas nos mostram de maneira inspiradora como o amor verdadeiro demanda cuidado, respeito e aceitação, especialmente diante das diferenças.

Ao compartilhar sua história conosco, Emilly e Mannda nos presenteiam com uma narrativa singular. Elas destacam como enfrentaram desafios e construíram uma relação feliz e significativa, servindo de exemplo para todos nós.

Como vocês se conheceram?

Emilly: Amanda trabalhava em um açougue, e eu estudava próximo ao trabalho dela. Quando eu passava por lá, a gente trocava alguns olhares. Até que um dia, Amanda estava em uma roda de amigas na qual eu conhecia uma delas, e essa amiga me cumprimentou. Eu, muito educada que sou, cumprimentei todas elas, inclusive Amanda. A partir disso, ela soube meu nome e me encontrou no Facebook, e começamos a conversar.

Como foi o primeiro beijo?

Amanda: Foi estranho, nosso beijo não se encaixou, mas nossas almas sim.

Quando vocês descobriram que estavam apaixonadas e como foi?

Emilly: Amanda se apaixonou desde o primeiro beijo, mesmo sendo estranho (risos). Eu também tinha me apaixonado, mas eu não sabia ainda, e quando descobri, já era tarde, porque estávamos namorando outras pessoas.

Qual foi a aventura mais louca ou a história mais engraçadas que vocês viveram juntas?

Amanda: Foi quando a Emilly se juntou com a minha ex para organizar a minha festa de aniversário surpresa. Todos ficaram em choque, mas deu tudo certo.

Quem é a mais ciumenta?

Emilly: Eu, com toda certeza!

O que vocês almejam para o futuro de vocês enquanto casal?

Amanda e Emilly: Estabilidade, nós diríamos. A família de ambas já trabalharam muito, então estabilidade não só para nós, mas também para nossa família. Entre outras coisas, como casa própria, investimentos e muitas viagens.

O que mais aprendem diariamente uma com a outra?

Amanda e Emilly: No decorrer dos anos, percebemos quão diferente foi a nossa criação e, consequentemente, como nossos hábitos eram diferentes. A partir daí, tivemos que aprender a respeitar o modo de cada uma e percebemos que o amor está no dia a dia, em aprender a lidar com as indiferenças de ambas e assim ter mais paciência dentro e fora do nosso relacionamento.

Vocês trabalham com Internet e, esse é um mundo que encontramos muita gente boa, mas também muita gente ruim, como vocês lidam com os comentários negativos sobre a relação de vocês?

Amanda e Emilly: Nós acabamos nos blindando em relação ao que as pessoas falam do nosso relacionamento. Nunca fomos de dar ouvidos ao que outras pessoas estão falando de nós, mas quando tem algum comentário do tipo, nós apagamos e seguimos com a nossa vida. Essa foi a forma que encontramos de não alimentar o Ibope de quem pratica homofobia, principalmente na internet.

De que forma vocês enxergam o impacto da sua relação para o público que acompanha o seu trabalho?

Emilly: Não achamos que tinha impacto nenhum, para falar a verdade. Antes, a gente mostrava mais da nossa vida. Hoje em dia, nem tanto. Mas quando paramos de postar com frequência, recebemos algumas mensagens de casais homossexuais falando como admiravam a nossa relação, que nós éramos espelhos para eles(as). Só aí percebemos a responsabilidade disso. Em relação à vida artística da Amanda, não teve impacto nenhum, pois ela nunca escondeu nada. Então, as pessoas que foram acompanhar o trabalho dela já sabiam quem era ela. Tem sido algo natural.

Que conselho vocês dariam para quem está em busca do seu final feliz?

Amanda e Emilly: Que eles(as) façam de tudo para ter uma relação leve, tranquila e feliz AGORA! Para que não tenham um final feliz, e sim uma trajetória feliz.