O EP aprofunda a temática introduzida em “VÊNUS≠netuno”, mas com um visual ainda mais marcante
Por Laura Magro
Desde o lançamento de seu último álbum, VÊNUS≠netuno, Day Limns já mostrava um visual marcado por simbolismos e videoclipes que guiavam a narrativa presente em suas letras. Entretanto, VÊNUSNETUNO II vem para elevar o nível das produções audiovisuais brasileiras, utilizando da técnica hollywoodiana virtual production para criar o universo de Vênus Netuno.
Lançado em 14 de novembro, o EP conta com músicas que variam de estilos como Pop e Rock, mas vai além disso. É uma proposta de (re)imaginar o futuro, com referências astrológicas, místicas e religiosas, onde natureza e tecnologia existem em harmonia.
O Lesbocine teve a oportunidade de bater um papo com a cantora para saber mais sobre o VÊNUSNETUNO II, sua produção e curiosidades dos bastidores. Confira a entrevista completa abaixo:
Lesbocine: Bom, Day… a gente consegue ver, ao longo da sua carreira, uma evolução muito grande em todos os aspectos. Eu queria que você falasse um pouco sobre a mudança da primeira era de VÊNUS≠netuno para agora, VÊNUSNETUNO II. Como elas se diferenciam e como se complementam?
Day Limns: Elas se diferenciam muito, principalmente pelo fato de que VÊNUS≠netuno, até pela forma como escrevo o nome, está muito focada na diferença e no desequilíbrio. A gente percebe isso em VÊNUS≠netuno, com “VÊNUS” escrito em maiúsculas, um símbolo de “diferente” no meio, e “netuno” em minúsculas. Existe aí um desequilíbrio entre essas forças.
Curiosamente, na astrologia, Netuno é considerado a oitava superior de Vênus, então elas são meio que contrapontos — como luz e sombra, frio e quente — coisas que se complementam. Só que, em VÊNUS≠netuno, o foco estava no desequilíbrio. E, quando existe desequilíbrio, sempre há alguém endeusando o outro, olhando para cima e se sentindo inferior: um lixo, culpado, rejeitado. É aquela sensação de “eu sou um zé-ninguém, a outra pessoa é tudo. Eu preciso dela para me salvar, para viver”.
Já em VÊNUSNETUNO II, inclusive na forma como o nome é escrito, tudo junto e em maiúsculas, as duas partes se integraram e se tornaram uma só. É como se eu reconhecesse em mim tudo o que antes via no outro. Mais do que isso: integro essas partes, me torno completa, me torno humana. Agora eu reconheço que sou luz e sombra, caos e ordem, quente e frio, bem e mal — e tudo bem.
O ponto principal é: todo mundo é assim. O desequilíbrio aparece quando endeusamos o outro ou a nós mesmos, achando que somos superiores. A diferença principal entre as eras está na evolução da personagem, que agora compreendeu: “Eu sou tudo, faço parte do todo e, a partir disso, posso criar algo novo”.
Essa é a grande diferença. Na verdade, os dois álbuns falam sobre a minha jornada. Enquanto eu estava naquele lugar desequilibrado, lançava o trabalho para retratar processos pelos quais já tinha passado. Então, quando as pessoas ouviam, viam algo que eu já tinha superado ou começado a entender.
Não consigo separar minha jornada pessoal da minha jornada artística. Uso minha arte para romantizar meu caminho, e criei Vênus Netuno como um arquétipo de mim mesma. É como se fosse uma deusa que eu criei para me fortalecer, para me olhar e dizer: “Eu sou essa deusa. Eu sou essa pessoa que contém tudo isso, que sustenta tudo isso”.
Acredito que, quando as pessoas tentam anular partes de si mesmas — seja a sombra ou aspectos tóxicos —, elas acabam se tornando grandes hipócritas. Foi ao tentar fugir da hipocrisia que precisei reconhecer: “Eu sou tudo isso”.
L: Eu acho muito legal que você sempre deixa bem claro que reconhece ser tudo isso. Uma coisa que chama atenção é como, desde VÊNUS≠netuno, você utiliza muita simbologia, tanto religiosa quanto astrológica. Isso parece vir muito da sua relação com a religião. Como você conseguiu se livrar daquele lugar em que não conseguia ser você mesma?
E, para VÊNUSNETUNO II, você realizou uma ação onde pessoas foram às ruas gritar “Deus está voltando”. Queria entender como foi o processo de idealização dessa ação e também como o público reagiu a ela.
DL: Inclusive, preciso trazer essa ação de volta e falar dela novamente, porque foi muito icônica.
Eu estava em uma reunião com o marketing da Universal, se não me engano, discutindo ideias para ações promocionais. Então, uma pessoa, que agora não lembro o nome — acho que era Ana — sugeriu chamar atores para se passarem por profetas. E eu pensei: “Mona, isso é genial, um verdadeiro ícone!” Foi daí que surgiu a ideia. Produzimos a ação em cinco cidades, com uma pessoa segurando uma placa e gritando: “Deus está voltando”.
Eu pirei muito quando ouvi a ideia, porque ela trouxe à tona algo sobre como as pessoas realmente acreditam nisso. Elas preferem manter uma esperança passiva, esperando que algo externo venha para salvá-las. Essa é exatamente a lógica de onde VÊNUS≠netuno estava. As pessoas ficam nessa expectativa de que “o outro” virá para salvar a humanidade, acreditando que tudo o que precisam fazer é esperar, de forma passiva.
Essa esperança é negativa, porque ela não só espera que algo catastrófico aconteça para uma coisa boa surgir, como também tira a responsabilidade da vida das pessoas. Tudo é “quando Deus voltar”, “se Deus quiser”, ou culpa do diabo. Eu quis trazer essa reflexão à tona, discutir como as pessoas esperam continuamente por algo externo, ao invés de assumirem responsabilidade por suas próprias ações, suas vidas, seu impacto no mundo, na natureza, com o dinheiro, com os outros. Sempre é culpa de Deus ou do diabo.
Achei interessante criar uma ação de marketing que causasse esse tipo de choque. Mesmo que algumas pessoas não entendam, a mensagem é necessária. Estamos vivendo em um país com um crescimento absurdo de jovens conservadores. Esse movimento de clean girl, por exemplo… Não há problema em ser uma clean girl, mas essa ideia disfarça a mensagem de que é errado ser diferente.
Isso me assusta, porque já fui uma jovem conservadora, então entendo bem. Mas também me dá esperança, porque agora tenho algo importante a dizer. Quero chamar atenção, e não me preocupo se as pessoas vão gostar ou não de mim. O que importa é ser autêntica e transmitir minha mensagem.
A ideia é provocar discussões. O TikTok, por exemplo, entregou muito bem o vídeo dessa ação. É um dos meus vídeos mais visualizados, mas a maioria dos comentários vem de pessoas mais velhas e conservadoras dizendo “Aleluia!”, “Maranata!”, “Ora, vem Senhor Jesus!”, porque acreditam literalmente que Deus está voltando.
Mas, para mim, “Deus está voltando” significa outra coisa: que eu estou voltando para mim mesma, para a Terra, para o entendimento de que faço parte do todo. Estou me responsabilizando pela minha vida, assumindo o controle. Foi isso que quis dizer, mas já sabia que as pessoas iriam interpretar de outra forma.
Nesse contexto, com o crescimento de jovens conservadores, com movimentos de remoção de tatuagens, renúncias de sexualidade, é um cenário preocupante. Meu ato mais “rock and roll” hoje em dia não é colocar guitarras nas músicas e gritar; é usar minha história e vivência para levantar discussões e provocar questionamentos.
L: Sim. E essa frente de renúncia tem tomado proporções enormes. Casais LGBTQIAP+ renunciando juntos… é uma loucura.
DL: Ainda bem que essas coisas não aparecem tanto para mim, porque fico mal, choro. Passei minha vida inteira renunciando à minha sexualidade, tentando ser algo que não era. Tenho algo a dizer sobre isso: não vai adiantar nada. No máximo, a pessoa se tornará um hipócrita ambulante. No final, será alguém infeliz e hipócrita.
L: Vai viver infeliz para a vida toda.
DL: Enfim, tenho muito a dizer. Vou deixar o Polifeste para falar mais sobre isso, mas acho importante mencionar que VÊNUSNETUNO II veio nesse lugar de me colocar como uma deusa e, ao mesmo tempo, como humana. E aí as pessoas ficam: “Como assim? Deus é humano?” Ora, e Jesus? Não foi Jesus o exemplo mais incrível?
Ele foi o exemplo perfeito de um humano que conseguiu conciliar essas duas energias opostas e viver em harmonia com seus polos contrários. Ele foi o cara mais foda. Jesus era comunista! A galera que fala de Jesus hoje não entende nada sobre ele. Jesus era muito mais revolucionário do que qualquer um que usa seu nome atualmente. É uma loucura, um verdadeiro paradoxo.
Ainda acho necessário dizer isso, especialmente para o Lesbocine. Muitas pessoas que acompanham o projeto provavelmente vieram de um background religioso e, por isso, foram impedidas de serem quem realmente são. E, sinceramente, se ninguém falar sobre isso — e eu sei que algumas pessoas estão falando, mas na música, não vejo muitos dando a cara a tapa nesse sentido.
A verdade é que há muito medo. As marcas, por exemplo, não estão contratando mais pessoas LGBTQIA+, pessoas negras ou pessoas trans. A militância acabou em 2020. Hoje em dia, o jovem conservador está em alta. O que estamos vendo é um monte de gente fingindo que se converteu porque é isso que as marcas acham bonito agora, porque dá lucro. E, no final, o capitalismo enfia tudo no bolso, como sempre.
L: Estava refletindo sobre como sua arte não é apenas música pela música. É tudo muito conectado, não é?
DL: Sim. Desde o álbum, cada música tem uma ligação. Existe um começo, meio e fim. É sobre o que eu falo, o que eu deixo falar, o que eu canto, o que eu grito. E as pessoas se mordem, é uma loucura!
Quando alguém não entende minhas ações, é só ouvir minhas músicas. Elas explicam tudo.
L: É tudo muito interligado e, inclusive, político. Falando sobre isso, fiquei sabendo que você investiu mais de um milhão de reais em uma tecnologia nova para esta nova era: Virtual Production. Como foi tomar a decisão de investir tanto dinheiro? Sabemos que não deve ter sido uma escolha fácil.
DL: Decisão, para mim, nunca foi o problema. Sempre quis gastar um milhão de reais em algo grande. A diferença é que, durante toda a minha vida, minhas ideias sempre foram vistas como: “Nossa, Day, isso é demais, é muito”.
Mas eu gosto de contar histórias, e geralmente histórias mais complexas. É muito difícil transmitir tudo isso em um fundo branco, apenas posando, sendo bonita e tal. Não funciona para mim.
Este ano, me tornei minha própria empresária. Amo meus antigos empresários, eles são incríveis, mas agora tenho 100% do meu tempo, dinheiro e energia para mim. Então decidi que este seria o ano em que eu faria minha visão acontecer.
E o mais irônico disso tudo? Nenhum centavo desse um milhão saiu do meu bolso, porque eu simplesmente não tinha um milhão. Eu não tenho um milhão de reais — é muito dinheiro!
Gravei até um vídeo sobre isso, onde brinquei que, para mim, o verbo virou verba. Não, na verdade, a verba virou verbo. Foi sobre movimentar, conectar, atrair, vender, falar, ser inconveniente. Eu sabia que tinha uma ideia muito boa, junto com a Helena, que é a diretora criativa. Estávamos criando ideias muito estilosas e impactantes.
Um dia, a gente conversou: “Como vamos falar sobre uma deusa alienígena que chegou na Terra? Tem que fazer um livro, um quadrinho… Ah, um livro eu já fiz”. Aí eu pensei: “Mano, preciso dar um jeito”. E a Helena falou: “Vamos fazer acontecer”. Como eu não precisava mais pedir autorização para uma empresária, eu decidi: “Vamos dar um jeito”.
Então, saí de casa e fui fazer. Nesse processo, fui ao CCBB, no Rio de Janeiro, junto com a Helena — o Centro Cultural Banco do Brasil. Lá, me deparei com uma exposição tecnológica sobre o Sol. Em uma das instalações tecnológicas que estavam lá, vi algo que me impactou profundamente: era um espelho tecnológico onde a gente se via refletido como partículas de luz em movimento.
Eu e a Helena já tínhamos essa ideia: queríamos que as pessoas se vissem no espelho como partículas de luz, para entenderem que elas são seus próprios deuses. Quando vimos aquela instalação, nos arrepiamos e pensamos: “Mona, quem fez isso aqui? Porque essa pessoa está conectada com a gente e nós estamos conectadas com ela. Tivemos essa ideia, e ela já está feita. Então, essa pessoa tem os recursos”.
Fui ver no catálogo da exposição quem tinha criado aquilo e encontrei o nome: Erotides Nay. Pensei: “Nossa, ela deve ser da Rússia, difícil, né? Mas vou estudar o trabalho dela e tentar entender como ela faz isso”. Quando procurei a gata no Instagram, descobri que ela já me seguia!
Não perdi um segundo. Nem fiquei pensando: “Será que mando mensagem?”. Apenas enviei: “Preciso falar com você! Acabei de sair da sua exposição, estou aqui na frente, e ela me tocou muito. Tenho um projeto que tem tudo a ver com isso”. Ela respondeu uns 10 minutos depois, dizendo para conversarmos. Na semana seguinte, estávamos falando.
Quando expliquei o conceito do álbum, ela disse que poderia me ajudar, porque isso fazia parte do propósito de vida dela. E que, inclusive, tinha recursos e ideias que podiam contribuir para o projeto. Foi aí que conseguimos o apoio da Veludo, que é da Academia de Filmes, e começamos a vender o projeto e atrair mais recursos e pessoas.
Não vou mentir: saiu, sim, um pouco do meu bolso. Mas não foi um milhão! O restante veio de pessoas que acreditaram na ideia, que acharam o projeto incrível, e que enxergaram que era algo que não dava para replicar com outro artista. Então eu disse: “Vamos fazer”. E fizemos.
Finalmente consegui materializar o universo de VÊNUSNETUNO II. Agora, estou aprendendo cada vez mais sobre como a tecnologia pode me ajudar a criar histórias mais imersivas. Acho que existe um público que realmente gosta de se sentir parte de um universo criado.
Foi mais ou menos assim que tudo aconteceu: acreditei na minha visão e decidi torná-la realidade com o que eu tinha à disposição. O que eu tinha? Minhas mãos, meus pés, e a disposição de sair de casa e procurar pessoas que se conectassem com a ideia, que já tivessem os recursos necessários para ajudar a torná-la realidade.
Isso é algo que eu sempre digo — meu papo de coach mística, sabe? O verbo é a verba. Mexa-se, comunique-se, fale, venda, conecte-se, encha o saco, se for preciso. Às vezes você não tem um real, mas a outra pessoa tem o que você precisa — e não necessariamente é dinheiro. Às vezes é uma câmera, um espaço, ou até mesmo um estúdio.
Não tenha vergonha de perguntar: “Quem tem um estúdio? Quem conhece alguém que tem?”. Não pense duas vezes antes de ser inconveniente e pedir: “Deixa eu usar seu espaço, sua câmera”. Foi isso que eu fiz.
Por isso, no final, parecia que o projeto tinha custado um milhão. Se eu tivesse que bancar tudo sozinha, cada vídeo teria custado isso.
L: É algo desse meio, não é? Eu faço cinema e audiovisual, e é muito isso: networking e você dar a cara pra conseguir as coisas.
DL: Isso! É você dar a ideia! E assim, a criadora deu para um artista independente, sabe? Por exemplo, a maioria dos meus clipes foi feita com 20 a 30 mil reais, e eu já fazia clipes que pareciam muito mais caros. Sempre foi nesse valor, mais ou menos nessa base. Mas chegava no máximo a isso. Por exemplo, o que a Van patrocinou chegou a 70 mil. Esse foi o topo, meu auge! E eu ainda achava que ia chegar primeiro nos 100, 150. Agora, nessa tecnologia que a gente teve que usar pra montar o universo do zero no Unreal — que é o mesmo lugar onde criam o universo de Avatar e os jogos — o tempo que se gasta para criar a arquitetura, as medidas, a profundidade…
É tudo muito bizarro. A tecnologia de sensores… E eu também usei aquelas roupinhas com sensor pra rastrear meus movimentos. Isso também é outra coisa caríssima de fazer. Então, assim, eu fui maluca, mas fui uma maluca feliz! E quando é que eu não sou maluca, né? (risos)
L: Eu acho bom trazer esse tipo de tecnologia para o Brasil, porque tem muito na gringa, e as pessoas valorizam tanto as produções estrangeiras. É bom quando a gente vê que o Brasil também não está ficando atrás nessas tecnologias. A gente sabe fazer conteúdo muito bom, sabe?
DL: A Ingo falou isso agora, né? Ela comentou sobre o quanto a gente precisa valorizar artistas que ainda decidem fazer clipes no Brasil, porque ninguém dá muito valor. E, assim, foi até mais pra mim do que pros outros, porque eu queria tirar aquela visão da minha cabeça e materializá-la. Agora, já estou começando a colher os frutos dessa decisão. Podem ser frutos que as pessoas não veem, mas que eu consigo perceber, e é nisso que eu estou focada neste momento: crescer e me conectar com as pessoas que estão vibrando com essa minha energia, com o que eu estou fazendo, falando e entendendo… Enfim, é uma brisa.
L: O que a Day Limns, agora de VÊNUSNETUNO II, falaria para a Day Limns de Bem-Vindos ao Clube?
DL: A Day Limns de Bem-Vindos ao Clube é a personificação da ansiedade, né? Ela é, tipo, a materialização da ansiedade. Era alguém que pensava muito no futuro e não conseguia viver o presente. Já a Day Limns de VÊNUSNETUNO II é completamente conectada com o agora. Por isso, eu diria: “Calma. A gente só tem o agora. Calma. Faz aí, isso mesmo. Continua fazendo o que você está fazendo, mas calma”. “Calma” seria o que eu falaria.
Eu diria também pra ela: “Você age muito como se não se importasse com a opinião dos outros, mas você se importa”. Porque só agora… Eu acho que agi tanto como se não me importasse que, agora, eu realmente não me importo. Não me importo com a régua que as pessoas colocaram para me medir, com a carreira de fulano ou ciclano. Elas me comparam com o sucesso de outros, com a definição que elas têm de sucesso, de certo, de pessoa boa… Enfim, com as definições delas.
Eu não me defino pelas definições delas. Aliás, a minha definição sobre mim mesma muda constantemente. Então, eu diria pra Day: “Calma. Continua fingindo aí que você não liga, porque um dia você realmente não vai ligar”.
L: Muito obrigada, Day! Quem sabe um dia a gente grava um podcast, aí você pode falar muito mais sobre isso! (risos) Muito obrigada pelo tempo!
DL: Imagina, obrigada a você!
Foto em destaque: Reprodução: Instagram/@daylimns