4 cantoras gringas (e uma banda) lésbicas ou bissexuais que você precisa conhecer

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A música LGBTQIA+ nasceu underground e marginalizada, criando seu DNA nas pistas da cultura clubber e da dance music, bem como em guarda-chuvas de expressões sociais que negavam a normatividade, como o queercore, ramificação do punk. Mais do que diversão e entretenimento, fazer um som que tenha tudo a ver com nossos relacionamentos, emoções, corpos e experiências é uma escolha política fundamental para um mundo com equidade. 

Além de ser uma delícia ouvir nossas vivências em uma faixa compatível com os nossos gostos, apoiar artistas que cantam sobre a dinâmica de sentir atração por outras mulheres ou desafiar estereótipos de gênero é importante para a nossa luta por direitos e igualdade. 

Pensando nisso, o Lesbocine preparou uma lista com algumas cantoras lésbicas e bissexuais que estão ganhando o mundo e merecem um espacinho nas suas playlists também. 

 

Arlo Parks 

Com apenas 21 anos, a britânica Arlo Parks é considerada uma das grandes promessas musicais do Reino Unido. Poeta e representante de um flerte entre alt-pop e R&B,  seu forte é compor músicas sobre sua experiência psicológica e emocional enquanto mulher bissexual. 

Se destacam canções como Eugene, sobre a angústia de se apaixonar por uma garota que sofre por um garoto, e Green Eyes, sobre autodescoberta e homofobia, que foi composta em parceria com a cantora Clairo (que, spoiler: também aparece nesta lista). 

Seu álbum de estreia, Collapsed in Sunbeams, tem a coragem de ser vulnerável ao abordar temáticas como saúde mental, solidão e a monotonia de ser jovem no período pandêmico. 

 

Zolita

Recentemente, Zolita causou barulho nas redes sociais com o lançamento do clipe de Somebody I Fucked Once. A produção aposta em uma releitura lésbica de um clichê: a paixão entre uma líder de torcida popular e a artista que parece estar à parte do ecossistema do ensino médio. 

Em fevereiro deste ano, a história das personagens ganhou uma continuação no belíssimo vídeo de Single in September, dirigido pela própria Zolita. 

 

 

Abertamente lésbica, a norte-americana aposta em um pop com ares de anos 90 que carrega mensagens feministas e narrativas diversas sobre mulheres amando mulheres. Seu segundo EP, inclusive, atende pelo sugestivo título Sappho

 

Rina Sawayama 

Rina é uma estrela em ascensão. Nos últimos dois anos, ela chamou atenção da crítica especializada com o álbum Sawayama; integrou o time de peso que participou dos remixes do Dawn of Chromatica, de Lady Gaga; e arrematou um papel no 4º filme da franquia John Wick, com estreia prevista para 2023. 

Nascida no Japão e radicada em Londres, a cantora se identifica como pansexual e fez da própria identidade um alicerce para sua arte. Durante uma entrevista para a Broadly, editoria da revista Vice dedicada a questões de sexualidade, ela declarou: “Sempre escrevi músicas sobre garotas. Nunca mencionei um cara nas minhas letras”. 

O som de Rina é perfeito para quem é entusiasta de hyperpop e PC music. Não à toa, Sawayama é amiga e parceira de trabalho de Charli XCX, grande nome dos dois subgêneros musicais. Em 2022, as duas lançaram juntas a faixa Beg For You, que integra o álbum mais recente de Charli. 

 

Clairo

Quando despontou, em 2019, Clairo fez questão de enfatizar em múltiplas ocasiões que a veia de seu trabalho é retratar relacionamentos lésbicos e todas as suas nuances. Prova disso é que começou a conquistar fãs ao publicar a faixa Pretty Girl na internet. A música fala sobre as expectativas e projeções criadas dentro de um romance com outra menina. Na época, a estadunidense tinha apenas 17 anos. 

Desde então, Clairo vem conquistando uma base leal de apoiadores na cena do indie pop. Uma de suas faixas mais conhecidas é Sofía, que foi inspirada por ninguém menos que Sofía Vergara. 

 

The Aces

A banda The Aces, gigante do new wave e synth-pop, vai ser um prato cheio para quem gosta de acompanhar girlbands e especular sobre sexualidades e relacionamentos das integrantes dos grupos. 

Criado em 2017, o quarteto ganhou proeminência no ano passado quando um vídeo da guitarrista, Katie Henderson, viralizou no TikTok. 

A postagem, feita no Dia da Visibilidade Lésbica, mostrava Katie comemorando com a legenda “Quando você é o terceiro membro da The Aces a sair do armário”. 

Sim, esse é o detalhe mais divertido sobre o trabalho das garotas: três das quatro artistas da banda são parte da comunidade LGBTQIA+. As outras lésbicas do grupo são as irmãs Cristal e Alisa Ramirez — baterista e vocalista, respectivamente. 

Essa particularidade das Aces é matéria-prima do álbum mais recente, Under my Influence, que chegou aos serviços de streaming em 2020. O destaque vai para as faixas New Emotion, que descreve a sensação de se apaixonar por uma mulher pela primeira vez, e Kelly, cujo título traduz perfeitamente o conteúdo. 

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Para você conhecer e curtir todas as artistas indicadas neste post, a gente criou uma playlist especial no perfil do Lesbocine no Spotify. Confira:

 

 

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