De Xeque-Mate a Elayne Baeta, fãs lotam primeiro sábado do evento, com direto a sessões de autógrafo, choro e muita diversidade
Por Cecília Lopes e Laura Magro
Na última sexta-feira, 13, teve início um dos maiores eventos literários do país: a Bienal do Livro Rio 2025. Realizada no Riocentro, na Barra da Tijuca, a feira começou movimentada e atraindo milhares de visitantes.
O primeiro final de semana foi especialmente marcante para o público sáfico. Tendo destaque o sábado, 14, que trouxe uma programação protagonizada por autoras e artistas lésbicas e bissexuais, que evidenciaram a força e a representatividade desse grupo na cena literária e cultural.
A sessão de autógrafos com a autora do livro Xeque Mate, Evelyn Sousa, e as atrizes da sua adaptação em websérie Sofia Starling, Natália Rosa, Marcele Nogueira, Amanda Simão e Natalie Smith, atraiu filas de fãs que lotaram o estande da Editora Euphoria. O encontro foi caloroso e com direito a bastante choro, abraços, trocas de histórias e momentos divertidos. A equipe se esforçou ao máximo para atender todos que vieram vê-las e o resultado foi um momento que certamente vai ficar no coração dos fãs por muito tempo.
O painel com a autora lésbica Elayne Baeta também mobilizou um grande público. Com uma mesa mediada por Mariana Mortani, a autora falou muito sobre auto descoberta e representatividade do amor lésbico. “A forma mais genuína de amor é um amor que banque quem você é na sua integridade”, disse. Elayne ainda reitera que isso começa pelo autoamor:.“Seu amor-próprio deveria ser o primeiro amor lésbico”.
O seu livro mais recente “Coisas Óbvias Sobre o Amor” , lançado pela Editora Galera, foi a grande atração do estande do Grupo Editorial Record, depois de um lançamento de sucesso em 2024 com mais de 16 mil cópias vendidas só na pré-venda.
A presença de romances sáficos foi muito expressiva no evento. Os estandes mais recomendados para fãs de romance sáfico são os da Se Liga Editorial, editora de conteúdo 100% LGBTQ+, que conta com títulos como “O Amor na Porta ao Lado” e “Entre Beijos e Flechas”; A NewPop, repleta de novels e mangás sáficos, como “GAP” e “O Cara Que Estou a Fim não É um Cara?!”; Editora Flyve, responsável por títulos como “Cruzeiro de Mentirosos” e “A Adaga das Bruxas”; e a Qualis, que nos trouxe de títulos de suspense como “Ela Esteve Aqui” de Brenda Borges até romcoms clássicas como “Casamento por (in)conveniência” de Victoria Mendes. Além da Editora Sunbee que também trouxe dois títulos ambientados no Brasil, “Azul da cor do mar” de Baco Aquiles, que se passa em Curitiba e “A melhor amiga da noiva” de Lívia Medeiros.
A Bienal segue até o domingo, 22, com uma programação diversa e espaços que celebram a cultura queer, como os estandes de editoras LGBTQ+ e o “Artist’s Alley” no pavilhão quatro, onde artistas independentes apresentam e vendem suas criações.
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Foto em destaque: Laura Magro/Lesbocine
