Produtora do filme “Lightyear” revela que Disney apoiou trama lésbica, mas não o beijo. E fala sobre o romance: “modelo de amor”

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A produtora da Pixar e do filme ‘Lightyear’, Galyn Susman, em entrevista ao Mercury News revelou a postura da Disney com relação a história de amor entre duas mulheres no filme. O estúdio apoiou o romance da Alisha Hawthorne (Uzo Aduba) e uma médica asiática, mas se opôs ao beijo delas para o corte final do filme.

“Eles foram muito apoiadores quanto a isso [o amor entre as personagens], mas houve uma resistência definitiva quando à inclusão do beijo”, disse Susman. O beijo, tinha sido cortado, mas após os funcionários da Pixar emitirem uma carta contando o boicote homofóbico do estúdio, matéria que o Lesbocine [link] noticiou no começo do ano, foi restaurado para a versão final do filme.

Já para a  Yahoo! Entertainment, Susman contou sobre a diversidade na produção.

“O ponto é mostrar um relacionamento amoroso e duradouro, porque… bom, não é um bom modelo a se ter para todo mundo? É um relacionamento que dura uma vida toda

A dubladora Uzo Aduba acrescentou: “Este filme abre todo um novo mundo de histórias que podem ser contadas ou revisitados. Eu acho incrível que a Disney-Pixar tenha escolhido ocupar este espaço e incluir momentos [como o beijo entre Hawthorne e sua esposa]. Lightyear é um filme povoado por tantos rostos diferentes, tantas histórias diferentes. Toda criança – as jovens e as velhas – sentadas naquela plateia poderão ver um pedaço de si na história“, completou.

Em Lightyear, a personagem Alisha Hawthorne (Aduba) é retratada como homossexual, e seu romance com a esposa é parte importante da trama e da motivação do protagonista Buzz (Chris Evans) para partir em sua perigosa missão no espaço sideral.

Lightyear é banido em 14 países

A Walt Disney não foi autorizada a exibir a animação derivada de Toy Story em 14 países do Oriente Médio e Ásia. A revelação veio através de uma fonte à agência Reuters. O motivo do veto teria sido a presença da cena entre o casal lésbico. Nesses países a homossexualidade ainda é considerada crime. A cena em questão é de segundos e acontece logo no início do longa.

Outras produções da Disney já foram banidas pelo mesmo motivo. Os filmes da UCM Eternos e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura foram boicotados no Oriente Médio por conter personagens LGBTQIA+, sendo em Doutor Estranho conter uma breve cena das mães de America Chavez, que também é lésbica no quadrinhos.

Galyn Susman defendeu a obra. “Não vamos cortar nada. Especialmente algo tão importante quanto o relacionamento amoroso e inspirador que mostra ao Buzz o que ele está perdendo por suas escolhas”.

Lightyear é dirigido por Angus MacLane, co-diretor de Procurando Dory e de curtas de Toy Story. O elenco de vozes original ainda conta com Keke Palmer, Taika Waititi e James Brolin. A animação já está em exibição nos cinemas.

Via: Omelete, tecmundo

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