S02E01 – Trying to get to heaven before they close the door
TW (gatilhos): sangue, violência, nudez, abuso excessivo de drogas.
Por: Anna Mol
A mais nova temporada de Euphoria era bastante aguardada pelos fãs. A série fez bastante sucesso em seu lançamento e rendeu um Emmy de melhor atriz em série dramática à Zendaya (Rue), que se tornou a pessoa mais nova a receber tal prêmio. No dia 9 de janeiro, finalmente, a espera acabou. A HBO+ lançou em sua plataforma o primeiro episódio: “Trying to get to heaven before they close the door” ou em uma tradução livre: “Tentando chegar ao paraíso antes que eles fechem as portas”.
O episódio começa nos apresentando um pouco mais sobre a vida do Fezco, o traficante amigo de Rue. Esses primeiros minutos são os melhores momentos de todo o episódio. Conhecemos a avó de Fezco, uma personagem bem construída e instigante, com uma bela atuação de Kathrine Narducci. A narrativa conta com bons planos, cortes e uma trilha musical cativante. Após esse momento, finalmente, Zendaya ganha espaço em tela e se torna nítido o quão merecido foi seu prêmio de melhor atriz. Sua atuação como Rue é exemplar, um dos pontos fortes do episódio.
O que me chamou bastante atenção, também, foi a movimentação de câmera, que alterna planos com apenas um deslocamento, sem recorrer a cortes. Porém esse recurso começa a ser usado excessivamente durante o episódio de forma em que o que era uma qualidade acaba se tornando cansativo. O episódio também se perde quando começam as sequências da festa. Os dramas ali são extremamente duradouros e cansativos. A cena da Cassie presa no banheiro se inicia de maneira interessante, mas se perde. Dura tempo demais e a direção não conseguiu manter a tensão necessária durante a cena.
O episódio não conta com arcos tão interessantes (sem contar com os momentos de tela de Fezco). Até mesmo o encontro entre Rue e Jules não emociona. É extremamente blasé. A série entrega mais do mesmo e me parece que os roteiristas estavam sem criatividade para dar continuidade à personagens fortes e histórias cativantes. Os criadores precisam entender que uma bela direção de arte e de fotografia não será o suficiente para tornar essa segunda temporada um sucesso.