Há uma década, Women In Motion promove discussões sobre a potência feminina na Sétima Arte

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Criada pela holding francesa, Kering, e parte do Festival de Cinema de Cannes, a iniciativa reconhece e premia mulheres que são transformadoras dentro da indústria cinematográfica

Por Lesbocine

Criada para celebrar as mulheres ao redor do mundo e a sua multitude de talentos em prol da arte, da cultura e do cinema, o movimento Women In Motion celebrou seus 10 anos de lançamento durante o Festival de Cannes neste domingo, 18. Dentre as celebridades presentes na solenidade, estiveram a atriz Dakota Johnson, que atuou no longa sáfico “Am I Ok?”, a atriz e produtora Nicole Kidman e a diretora brasileira Marianna Brennand.

A premiação foi criada em 2015 pela Kering, uma holding francesa, que busca o reconhecimento de mulheres que afetam de maneira positiva e transformadora o perfil das mulheres dentro da indústria do cinema. Dentre as eleitas para a honraria, se questiona as escolhas realizadas dentro de suas carreiras e vidas pessoais, além de como isso afeta o mundo ao seu redor.

Por meio de premiações, palestras, rodas de conversa e podcasts, a iniciativa, integrada como parte de Cannes, busca promover discussões e trocas em torno de como haver uma melhor representação feminina dentro da sétima arte. Além de também fornecer apoio a futuras diretoras.

Nicole Kidman e Marianna Brennand receberam premiações por sua atuação dentro do cinema e como seus papéis na sétima arte foram agentes transformadores / Foto: Getty Image

Nicole Kidman recebeu o Women in Motion Awards por seus anos de atuação enquanto atriz e produtora. Nicole, que já coleciona um Oscar, cinco Globos de Ouro, um BAFTA, dois Emmys, dentre outros prêmios, fala sobre combater o etarismo dentro da indústria cinematográfica e como trabalha com diretoras a cada 18 meses, para que haja destaque entre mulheres na profissão.

“Invistam em nós e acreditem em nós, porque as nossas vozes são muito importantes. Nós vamos ajudar a mudar o mundo, mas também vamos mostrar a vocês um vislumbre dos nossos corações, das nossas almas e do que significa ser mulher. E se vocês apenas nos derem uma chance, nós estamos mais do que prontas”, discursou ao aceitar o prêmio.

Outra figura vencedora do troféu foi a cineasta brasileira Marianna Brennand, que recebeu a honraria enquanto talento emergente. Em 2024, Marianna já havia recebido outro prêmio por seu filme “Manas”, que conta a história de mulheres que sofrem abusos sexuais na Ilha de Marajó, no Pará.

Os três longas-metragem retratam vivências e histórias de mulheres sáficas / Foto: Montagem: Reprodução/Lesbocine

Também, com a chegada do fim do Festival de Cannes, as premiações serão realizadas. Em meio aos filmes concorrentes no circuito oficial ou nos paralelos, a temática e a presença sáfica enchem as telas.

Concorrendo ao Palma de Ouro entra o filme “La Petite Dernière”, de Hafsia Herzi, na categoria longa-metragem. E na categoria Un Certain Regard, mostra paralela a Cannes, “The Chronology of Water”, de Kristen Stewart, e “Love Me Tender”, de Anna Cazenave Cambet, também concorrem.

Foto em destaque: Monica Schipper/Getty Images

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