Estrelado por Anamaria Vartolome e Matt Dillon, o filme relata a vida de Maria Schneider e os eventos sombrios por trás das gravações de “O Último Tango em Paris”
Por Lesbocine
A Imovision estreia quinta-feira, 27,nos cinemas brasileiros o filme “Meu Nome é Maria”, dirigido por Jessica Palud. Com sua estreia mundial no Festival de Cannes, o filme apresenta a história da atriz francesa Maria Schneider e expõe as verdades ocultas por trás dos bastidores de “O Último Tango em Paris”.
Aos 19 anos, Maria era uma jovem atriz promissora que estava passando por uma fase de dificuldades. Quando o diretor italiano em ascensão Bernardo Bertolucci a escolhe para estrelar seu novo filme ao lado de Marlon Brando, seus sonhos parecem se concretizar. Mas o que deveria ser uma grande oportunidade, se revela o início de um inferno pessoal.
Com uma performance intensa, Anamaria Vartolomei, atualmente nos cinemas com o filme: “Mickey 17” ao lado de Robert Pattinson e destaque no filme “O Acontecimento” (2021), ela ganhou o Prêmio Lumière de Melhor Atriz e o Prêmio César de Atriz Mais Promissora por sua atuação neste filme. Além de aparecer na lista da UniFrance e da Revista Screen International de talentos franceses em ascensão para ser acompanhada de perto.

Maria Schneider, capturando a força e a dor de uma mulher marcada por abusos em nome da arte. O indicado ao Oscar Matt Dillon (A Casa Que Jack Construiu) assume o papel de Marlon Brando, enquanto o ator italiano Giuseppe Maggio dá vida ao cineasta Bernardo Bertolucci (Os Sonhadores).
O filme é uma adaptação livre do livro “Tu t’appelais Maria Schneider” (não lançado no Brasil), escrito por Vanessa Schneider, prima da atriz. A fotografia de Sébastien Buchmann aposta em uma estética crua e intimista, destacando a intensidade dos atores. Para o roteiro, Jessica Palud pesquisou a fundo a história de Maria Schneider, entrevistando pessoas próximas e acessando o roteiro original de “O Último Tango em Paris”, com anotações da equipe de filmagens, para reconstruir com precisão os eventos.
Maria Schneider foi uma das primeiras atrizes a denunciar abusos na indústria cinematográfica, em uma época em que questionar diretores poderosos era impensável. Sua coragem abriu caminho para debates que só ganharam força anos depois, mas o preço foi alto: sua vida e carreira foram profundamente marcadas por esse episódio.
Meu Nome é Maria resgata sua trajetória com sensibilidade e força, indo além do escândalo para revelar a história de uma mulher que lutou para ser ouvida. Com uma abordagem sensível e potente, o filme convida o público a olhar para Maria Schneider além do rótulo de “atriz de um escândalo” e a reconhecer sua luta por respeito e dignidade.

Ficha técnica
Maria
Direção: Jessica Palud
Roteiro: Jessica Palud, Laurette Polmanss
Produção: Marielle Duigou, Les Films De Mina
Elenco: Anamaria Vartolomei, Matt Dillon, Giuseppe Maggio, Celeste Brunnquell, Yvan
Attal
Gênero: Drama, Ficção
País: França
Ano: 2024
Tempo: 1h42min
Foto em destaque: Reprodução