Christiane Fogaça e Marco Pigossi produzem documentário sobre refugiados LGBTQIAPN+ no Brasil

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O longa documental traz a realidade de pessoas que tiveram de sair de sua terra natal e passaram a viver em solo brasileiro na busca de uma realidade melhor, mas ainda precisam lutar por seus direitos

Por Vitória Vasconcelos

A atriz e produtora Christiane Fogaça, em parceria com o ator Marco Pigossi, estão à frente de um documentário que mostra a realidade de refugiados LGBTQIAPN+ em diferentes partes do mundo. O projeto, que tem o propósito de pôr à mesa debates sobre o preconceito, a luta cotidiana por direitos humanos e fundamentais dessas pessoas e a migração que elas precisam fazer em busca de melhores condições, ainda não tem data de estreia.

No desenvolvimento dessa produção, Marco e Christiane captaram relatos de pessoas que precisaram fugir para conseguirem viver em condições melhores. Dentre os países escolhidos para essa nova morada, o Brasil é percebido como um contraste, uma vez que, apesar de ser o mais procurado por refugiados, é também um dos que lidera o ranking de violência contra pessoas dessa comunidade.

Marco Pigossi e Christiane Fogaça estão na liderança de uma produção documental sobre refugiados LGBTQIAPN+ em solo brasileiro / Foto: Reprodução

Para Christiane, a necessidade de se dar voz aos refugiados LGBTQIAPN+ foi percebida quando ela apresentou o curta “Bem-vinda de Volta” no escritório do Acnur, agência da ONU para refugiados, em Brasília. “Acredito que este documentário terá  potencial de alcançar uma visibilidade global, transcendendo fronteiras e mostrando que, independentemente de onde estamos, todos merecem acolhimento, proteção e dignidade”, contou a produtora.

Pigossi comentou sobre a contradição do Brasil perante essa situação. Que durante as entrevistas feitas, o país é sempre visto pelos refugiados como um porto seguro, mas, ao mesmo tempo, a violência e a discriminação revelam a necessidade ainda presente da luta por direitos efetivos para essa comunidade. “Sinto-me feliz por poder contribuir para visibilizar essas histórias, que são tão complexas e emocionantes, e ao mesmo tempo, inquieto com o quanto ainda precisamos avançar para que o Brasil realmente seja um refúgio seguro para todos”, compartilhou o ator.

Foto em destaque: Divulgação

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