Crítica - Publicado em 08.out. 21
Diretor: Dee Rees
Gênero: Drama
Duração: 1h26
Ano: 2011
Sinopse:

O filme conta o drama da adolescente Alike. Enquanto amadurece, ela tem que decidir se deve expressar sua sexualidade abertamente ou viver de acordo com os planos que seus pais têm para ela.


Assista o trailer:

Pariah, substantivo masculino e feminino; Quem está à margem da sociedade; Excluído do convívio social. É isso que está escrito no pôster do aclamado pela crítica especializada, Pariah. O filme escrito e dirigido pela cineasta Dee Rees, narra o pontapé inicial da trajetória do processo de autoconhecimento de Alike, ou Lee, interpretada por Adepero Oduye. 

Lee é uma jovem de 17 anos, negra e lésbica. Neste filme, as questões raciais são colocadas um pouco de lado dando espaço a outra abordagem, a identidade e expressão de gênero. No Brooklyn, Lee mora com sua família de classe média, tradicionalmente evangélica, sendo sua mãe enfermeira e pai detetive policial, e sua irmã pré adolescente. 

Lee não tem tantos amigos, somente sua melhor amiga Laura (Pernell Walker), no qual através dela, Lee está à procura do seu lugar, ao que e no que pertence, ao mesmo tempo que lida com a pressão da mãe conservadora que tenta impor a Lee desejos que são de sua vontade, sem entender o que sua filha realmente quer e precisa. Tanta pressão faz de Lee acumular uma série de confusões e angústias mostradas de forma tocante pela performance conquistadora de Adepero. 

Inclusive, a pressão, a confusão e a angústia somadas juntas chegam em um pico para Lee, a qual ela se vê em um meio de explosão e revelação. A montagem do filme, no entanto, não convence, com alguns erros de edição. O roteiro não tem falas prontas e guia o longa abordando com sensibilidade as questões aqui colocadas, desde a busca da identidade de Lee, a homofobia, até ter que escolher entre assumir sua sexualidade ou ser rejeitada por sua família.

É um filme sincero que demonstra o seu potencial. Por fim, deixo um trecho de uma passagem poética da protagonista: “…E eu não estou fugindo. Estou escolhendo. Fugir não é uma escolha para a ferida. Ferir-se é resgate. Ferir-se é liberdade. Eu não estou ferida. Estou livre.”





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